29 de julho de 2010

Descartável (Pout porri poético)

Recebo gotas e gotas de inspiração.
Junto tudo e tento que dê um copo.
Consigo no máximo um daqueles de pinga. Ou uma xícara de café.
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Oh! Que triste.
Descobri que vivemos apenas fases, sempre iguais.
É uma afronta a minha originalidade,
da qual eu nunca tive muita certeza
e
agora duvido ainda mais.

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Que cheiro o hoje terá amanhã?

26 de julho de 2010

De que interessam as outras coisas se temos uns aos outros?

Egoísmo não.
Se cada um amasse assim intrinsecamente os seus, o

                                                           só
                                           círculo                 um
                                                         seria

21 de julho de 2010

Entrelivros (7)

" Como é bom deixar uma marca na superfície branca. Fazer um mapa dos meus passos, mesmo que seja temporário."

(Retalhos, Craig Thompson, uma graphic novel que vale muito a pena!)

14 de julho de 2010

Lembrete


Para quando eu começar meu dia de mau humor:

Nós podemos rir, chorar ou ter raiva de tudo. Só depende de qual sintonia nos ligamos cada dia. O bom humor, a tristeza e a raiva são todos contagiantes, mas é preciso que demos espaços para cada um, cada momento.

Por ser livre, nada é imposto a mim sem que eu permita primeiro.

Há beleza em tudo. Para mim, o melhor é encontrá-la. Essa é uma característica própria porém não muito incomum. Mas esse é um texto para mim.

Sem a pretensão de influenciar o dia de nenhuma pessoa, é um texto para eu lembrar do encanto que o céu azul de manhã bem cedo me causa. Da sensação agradável que tenho quando o vento gelado que acabou de fechar a madrugada molda em meu rosto, entrando pelos poros, despertando cada parte de mim aos poucos. O cheiro do primeiro pão do dia, quente, que revira meu estômago até então dormente, me lembrando da infância passada em padarias. As pessoas ainda zonzas tentando se adaptar ao ritmo frenético que seus carros, ou dos outros, já iniciaram.

Escrevo o momento para tentar não perdê-los. Escrevo esse texto para não permitir que o sono, o cansaço, façam com que eu perca esses detalhes da vida, cada dia diferentes. Detalhes que deixamos passar, acusando cada dia de ser igual e indo longe para buscar fugas da rotina, inutilmente.

Nós podemos rir, chorar ou ter raiva de tudo. Qualquer sentimento é contagiante. Não vou me esquecer de escolher o caminho mais fácil.

7 de julho de 2010

Mais uma, apenas

Minha alma é analógica,
em todos sentidos da palavra.
Valorizo o lápis e o papel
O relógio de ponteiro na parede da cozinha,
o toca cd's
Gosto do cheiro do livro, dos filmes antigos
das músicas passadas

Releio inutilmente
Releio, revejo, reouço
Realço
A mim mesma. E a quem se interessar.
Não vou muito além das notícias,
minha comunicação é completamete limitada
Talvez porque ela se volte para dentro
Apesar de inutilmente

Sou contra vc's, pq's,
OMG's e kd's
Valorizo o acento e a letra maiúscula
Limito em mim a praticidade e condeno a mutilação das palavras
Pela sanidades dos analógicos, mantenham-as intactas!

Minha essência é analógica,
nada lógica
repetitiva e aleatória
Me sinto muito mais confortável entre papéis e lápis,
cama e cobertor

Sou,
o mais importante é que sendo única sei que sou
Apenas mais uma dos últimos românticos

(Como eu já disse por aí em algum lugar, minha inspiração é sempre bem vinda de fora. Não, isso não é em todo mundo. Por isso, resolvi colocar, a partir de agora, da onde vem cada inspiração dessa. Cliquem aqui e inspirem-se comigo. =D )