29 de agosto de 2011

Agosto




Nesse tempo seco e poeirento
o que me resta é admirar o vento
que tanto leva, tanto trás
Tanto faz...

27 de agosto de 2011

Silêncio


Me põe o dedo na boca e cala-me.
Faça com que eu me ouça
e aceite.

24 de agosto de 2011

Para mim

Me afundei nos livros mais difíceis
Nas músicas mais doloridas
Nos encontros mais complicados
Me permiti chorar,
falar demais,
falar a ninguém
e dormir.

Dormi. Descansei.
De tudo que estava me exaustando.
E descobri respostas, descobri caminhos,
desenterrei perguntas.

Desfiz e refiz.

Descobri do que sou capaz, o que quero
Aprendi para onde devo olhar e
Para quem devo viver

Aparei as arestas em tempo abstrato.

23 de agosto de 2011

Às favas


Não vou dar tempo ao tempo.
Ele que dê a mim.

22 de agosto de 2011

E agora

Eu sofro de falta de algo pra mim
Sofro de invisibilidade
ou talvez seja de mimetismo.

Eu sofro de tanta vontade!
De tanta vontade de não sei o quê.

18 de agosto de 2011

Das coisas doces...

" Estamos todos no telhado. A maioria olha pro céu. Nós procuramos as estrelas."

" E tem gente que não sabe que das décadas mais felizes, as primeiras foram em Serra dos Montes em cima das telhas, vendo as estrelas."

Dos inúmeros presentes que ganhei deste que foi dos mais doces aniversários, destacam-se palavras e luz. Destaca-se a alegria de estar integrada novamente. Destaca-se a certeza da diferença. Destaca-se a falta de quem muito me agregou.

Juro que não existem muitas certezas em mim. Pelas que existem posso justificar minha vida.

Obrigado. Profundamente.

Fragmentos

Palavras podem ser insuficientes. Ainda mais quando muito repetidas.
Um ato pode demonstrar tudo.

***

Às vezes eu acho que só preciso de uma borracha, para passar em cima das partes falhas e pronto passou.

***

Sempre desconfiei ter um pendor natural para tristeza. O qual eu perco quando percebo quão bom é ser feliz. Inexplicável. Como eu faço para cavar bem fundo?

***

Idéias, idéias, idéias, palavras.
Façam-me o favor de juntarem-se em algo concreto?

11 de agosto de 2011

Percepções

Se eu desce evasão a todos meus impulsos repentinos
Nossa!

Nossa!

Quanto mais eu vivo mais eu aprendo quanta metamorfose existe em todo lugar.
E como é bom não ceder algumas vezes,
já que podemos voltar pro mesmo ponto em seguida.

Nossa!
Nossa!