25 de novembro de 2016

Noite

Não costumo entender a noite.
Não enxergo o sol que reflete na lua,
ele some no horizonte e só resta 
sombra, medo e solidão.

Mas há noites quentes,
em que a lua inebria
o silêncio respira
o ar fresco arrepia

Normalmente eu anseio pelo dia,
menos em madrugadas nuas que justificam as manhãs tardias.

24 de novembro de 2016

Chama

Sou vontade de tudo e transbordo

Atrai-me o calor
do sol que queima
do hálito que embaça
da água que banha a pele e escorre
percorrendo ares, cores e vales,
tudo que é presenciável
tudo que é lacrimal

Não me interessa o frio
Calafrio que esquenta é que é convite.