Sou dependente
De uma forma preocupante
De mim
dependo
de ti
Dependo do outro
de calor
de aconchego
Não gosto do meu uni(co)verso invadido
Quero uma personalidade incontestável
No entanto minha mente é esponja demais.
Gosto de mim
Não
gosto de algo em mim
Penso demais
com fundo demais
Em pensamentos, em sentimentos
Em tentar
-me
compreender
Parece que nasci para uma coisa - natural em mim,
só que escolhi outra - que exige um pouco demais
Procuro-me
Acho
não
me encontro
Devo ser quebra-cabeça com todas as peças,
D e s m o n t a d o
Dificil de achar a
Forma
Completa.
Hoje (nesse momento)
acho
que não é fácil ser eu.
(Poema de alguns meses atrás. Tinha publicado e depois tirei, não sei explicar o motivo. Mas acho que já é hora de republicá-lo. 'Entrou na chuva, molha'.)(A forma, pangaré, a forma...)
"Não quero mais saber do lirismo que não é libertação." Manuel Bandeira
16 de abril de 2010
Acho
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Acho, que republicou porque era para ser mesmo. Muito rico em conteúdo, encantador aos olhos e aos anseios do papai. Todavia, que tal explorar melhor a forma, que é, na pauta do dia, o principal recurso poético. Brinque com ela, divirta-se moldando obras diferentes com as mesmas palavras, mexendo apenas na forma, como se faz com os vasos de argila. Quer um exemplo? Retire a pontuação e desloque algumas palavras de lugar para que ganhem força de pontuação. Quer ver que bonito fica e que surgem outras alternativas ritimicas de leitura?
ResponderExcluirProcuro-me
Acho
Não
me encontro
Devo ser quebra cabeças com todas as peças
Desmontado
Difícil de achar
A Forma
Completa
Viu só, como sem querer o poema se tornou, inclusive, metalinguistico? Releia a sua estrofe re forma ulada e veja como poesia é mágico. beijo, tiamuntantão