25 de fevereiro de 2010

Entrelivros (2)

"Digamos, portanto, que a idéia do eterno retorno designa uma perspectiva na qual as coisas não parecem ser como nós a conhecemos: elas nos aparecem sem a circunstancia atenuante de sua fugacidade.
Essa circunstância atenuante nos impede, com efeito, de pronunciar qualquer veredicto. Como condenar o que é efêmero? As nuvens alaranjadas do crepúsculo douram todas as coisas com o encanto da nostalgia, inclusive a guilhotina."

(Desconsiderando todo o complexo contexto, esse trecho me responde uma pergunta antiga: sim, a nostalgia do pôr do sol é universal. Ou quase.
Ahh, Milan Kundera, A insustentável leveza do ser )

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