Desculpem-me os de brigadeiro, abacaxi, coco, pêssego, morango e suas respectivas cozinheiras. Vocês são maravilhosos nos aniversários alheios. Mas meu aniversário não o é sem bolo prestígio.
Aquele da massa feita em casa, batendo a clara separadamente pra deixar o bolo mais airado. Essa que quando eu era pequena a mamãe ainda batia no garfo, e depois que a massa ficava pronta a briga era pela colher de pau e a panela. Aquele do qual o coco escorre de dentro e a cobertura é cremosa e quase negra, sem dó de chocolate.
Desde que
Lembro-me que já levei pra escola inúmeras vezes e vi crianças se estapearem. As professoras, sempre em regime, diziam que iam levar pra moça da cantina mas eu juro que sempre ralhavam comigo na cantina por eu não ter reservado um pedaço. E era impossível que, em casa, depois do parabéns, sobrasse uma migalhinha que fosse pro cachorro. Deve ter sido por isso que a Serena, uma fila que viveu conosco muitos anos, aproveitou-se uma vez de uma bobeada e virou a obra-prima prontinha, linda, perfeita no chão com uma patada. Ficou tudo pra ela. Cadela.
Dessa última vez, a mamãe fez um no dia do aniversário mesmo e um no dia da festinha, que foi dois dias depois. O primeiro estava deslumbrante. O segundo eu esqueci de levar pra festa.
Sim, eu esqueci de levar o bolo pra festa.
Eu queria voltar pra buscar, mas não quiseram me trazer. Não podem se queixar. Eu queria.
Agora, dá licença, deu uma fominha e eu vou pegar um pedacinho ali na geladeira, do bolo que, despropositamente, juro, eu esqueci de levar pra festa.
Para mim só uma coisa nao poderia faltar em seu niver e tem nada a ver com o tal bolo. Ainda bem que seu próximo niver terá a mesma coisa que nao pode faltar nele,aqui.
ResponderExcluirhehe! Não sei se é o texto ou o comentário acima que é o melhor de ler...
ResponderExcluireu queria te levar voce que nao quis ir comigo... hehhe
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