9 de janeiro de 2010

Quieta

Eu sofro quieta,
Amo quieta, sonho quieta.
Sou assim.
O papel é quem sabe muito de mim.
Nasci assim.
Quando eu falo eu me perco.
Quando eu escrevo, me encontro.
Quando canto, me transbordo.
Transporto
Gosto de brincar com as palavras,
mas nem sempre consigo.
Sonho mais do que devia.
Sou pedra de areia
Sou porta de ferro.
O papel é quem sabe muito de mim.
Sou livro fechado inacabado,
sem revisão.
Um dia descubro algo além de que não caibo em mim.

3 comentários:

  1. Olá! Bonito poema até parece uma descrição de perfil.

    Abraço

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  2. Lindo! A quietude e o silêncio carregam as mais belas mensagens, assim como as palavras deste poema.

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