Não adianta
Escrevo poesia.
Tento me aventurar de quando em vez pelos terrenos da prosa.
Mas definitivamente sou da poesia.
Que o digam os que me conhecem.
Sou da poesia nas conversas mais comuns.
Nos abraços, nos olhares.
Na telepatia.
Da poesia irregular,
sem métrica e sem rima.
Da poesia auto avaliativa,
terapêutica,
incoerente.
Sou dessa raça auto-destrutiva,
que se adora.
Que se repete, e consegue tornar única cada repetição.
Sou dessa raça incoerente.
Inconsequente, inconstante.
Sou da parte que não teve escolha,
mas que escolheria se precisasse.
Não forço. Não me enforco.
Me retraio (talvez) me retrato.
Sou dessa raça...
Da parte que tem como única certeza a tão inconcreta
poesia.
(O poeta é um fingidor e finge tão completamente que finge ser dor a dor que deveras sente.)
(Aceito sugestões de título.)
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